Você sabia que 51% dos homens nunca consultaram um urologista? Sabia também que em 2016 são estimados 69 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil e que isso representa 7,8 novos casos por hora? Pois é, os dados fornecidos pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) são mesmo alarmantes e estampam uma triste realidade.
O mês de novembro é marcado pela campanha de conscientização na luta contra o câncer de próstata. Para que isso seja efetivado, é preciso acabar com o preconceito existente por muitos homens e que pode impedir a detecção da doença precocemente. Por isso, a conscientização é urgente.
Em entrevista, o especialista em urologia, Marcelo Guollo, que atende no Ambulatório de Especialidades do Hospital Santo Antônio, fala sobre a importância da detecção precoce da doença e do preconceito que precisa ser vencido para que a saúde do homem seja encarada com maior seriedade.
O brasileiro, de uma forma geral, tem um preconceito muito grande com o exame de próstata. Qual a importância do Novembro Azul para mudar essa realidade? Como quebrar esse tabu?
Tradicionalmente e mais notadamente na nossa região do país, por motivos socioculturais e tradicionais, os homens são mais refratários ao acompanhamento médico em geral. No que tange especificamente às doenças da próstata, o preconceito e o tabu do exame os afasta mais ainda. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 51% dos homens nunca consultaram um urologista. Há de se considerar, entretanto, que para o câncer da próstata são estimados algo em torno de 69 mil novos casos ao ano, ou seja, 7,8 novos casos por hora (é o segundo câncer mais comum no homem, depois do câncer de pele). E, para conscientizar a população masculina da necessidade da prevenção e tratamento precoce (que atinge a cura em torno de 90% dos casos), a SBU realiza o Novembro Azul, nos moldes do Outubro Rosa que visa a conscientização do câncer de mama. O evento traz palestras e fóruns de educação médica ao longo do mês em todo o país, com iluminação pela cor tema de diversos pontos turísticos e monumentos em todo país.
Segundo a SBU - Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de próstata é o segundo que mais mata homens no Brasil. Quais são os fatores de risco da doença? Existe um grupo de risco?
Pessoas da raça negra e quem tem familiares em primeiro grau (pai ou irmãos) que tiveram a doença devem procurar o urologista para avaliar a necessidade de exames adicionais a partir dos 45 anos de idade. Isso se deve pelo fato de fazerem parte de populações de risco, com chance de aparecimento da doença de até 6 vezes maior que a população em geral. Além disso, outros fatores são associados com maior incidência da doença: alimentação inadequada, à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos; sedentarismo e obesidade.
Há sintomas na doença?
Os sintomas do câncer da próstata só aparecem em casos avançados, em que o índice de cura é bem menor, por isso a necessidade de prevenção e avaliação precoce. A doença em estágio inicial, em que atinge altas taxas de cura, é normalmente assintomática. Quando presentes, os sintomas incluem: vontade de urinar com urgência, dificuldade para urinar, levantar-se várias vezes à noite para urinar, dor nos ossos, insuficiência renal e fortes dores no corpo.
Qual a melhor forma de prevenir o câncer de próstata?
A melhor forma de prevenir o câncer de próstata é a avaliação precoce. Além de algumas alterações comportamentais que podem reduzir o aparecimento da doença (dieta equilibrada e exercícios físicos, por exemplo), os principais fatores de risco (raça, idade e história familiar) são imutáveis. Dessa forma, quanto antes a doença for descoberta, maiores são as chances de cura.
Quando o exame deve ser realizado?
Sugere-se a avaliação com o urologista aos 45 anos para pacientes em grupo de risco (raça negra e história familiar positiva) e após os 50 anos aos demais. A avaliação é feita pela consulta clínica e realização dos exames de PSA (sangue) e toque prostático, que visa identificar alterações na próstata suspeitas para a doença. Vale lembrar que a realização apenas do exame de sangue (PSA) não serve como avaliação completa, porque o exame tem limitações de detecção. O protocolo deve ser repetido anualmente.
Qual a importância de diagnosticar a doença precocemente?
Os índices de cura da doença chegam a valores próximos a 90% em estágios iniciais. Quanto antes a doença for diagnosticada, mais inicial a doença tende a ser e mais eficaz é o tratamento instituído. Em muitos casos, depois de diagnosticado, o tratamento pode ser apenas o acompanhamento, sem intervenção.
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